abril 16, 2011

Ele nunca sabe.

Ele não sabe que quando fala tem o poder de abrir um buraco dentro de mim.E sem respeitar ele grita um monte de nada,que me remete ao passado.
Me remete a ela, minha pequena, grande felicidade, calma e aconchegante, é assim que o amor deve ser, é este que espero, é por este que imploro.
Ele machuca,espera que eu esqueça, ele nos traz o medo, aquele que estava adormecido....
"É hora de esperar"ele diz, não sou feita de paciência, meu mundo não é esse, nem outro."



"É difícil aprisionar os que tem asas"
C.F.A

março 19, 2011

"Medo"

Acordou num pulo da cama. O quarto completamente escuro, ela procurou o interruptor pelas paredes enquanto caminhava lentamente. Tivera um pesadelo horrível, vira-se em um enorme circo rodeada de palhaços que tentavam toca-la, um circo com diversas músicas, tão estranhas como se rodassem um disco de traz pra frente.
Suas mãos estavam tremulase não se esquecia do olhar daqueles que a assustaram tanto. Pensou em voltar a dormir porém aquele pesadelo a aterrorizava. Seguiu até a cozinha e chegando já não se sentia a mesma, os copos no armario, a cortina semi-aberta como ela costumava deixar, o chão impecável. Tudo exatamente como deveria estar.
Ela observou tudo aquilo e os copos pareciam fora do lugar, a cortina semi-aberta lhe causava a impressão de que a observavam, o chão parecia coberto por água como que intencionalmente para derrubá-la. Ela parou alí na porta do lado de fora sem conseguir entrar.
"Eles esperam para que eu caia"
"Todos eles querem rir-se de mim" Pensava ela. Éra como se os palhaços tivessem alí escondidos, dentro dos armários.
Auqela louça lhe causava nojo, tudo naquela casa à aterrorizava, como se fosse uma grande mentira. Sentia vontade de fechar a cortina mas não podia se mover, um passo a frente e eles sairiam doa armarios. Resolveu vira-se e voltar para cama.
Caminhou com cuidado até o quarto, parecia um caminho interminavel embora morasse em uma pequena casa.
Sentou-se na cama, sem apagar a luz, tentando não pensar nos risos deitou-se e pensamentos estranhos a invadiram. Pensava nos filhos que dormiam no quarto ao lado, por um momento imaginou que os palhaços morassem lá com os pequenos, quase foi lá vê-los mas ao invés disso preferiu dormir, julgou estar se importando muito com um simples pesadelo.
Depois de horas adormeceu. Logo depois ouviu um barulho horrível, acordou assustada, éra apenas o despertador chegou a hora de acordar para a ridícula vida calma que levava. Levantou-se, acordou os pequenos. Antes parou um instante à porta do quarto deles, correu os olhos por lá como se procurasse os palhaços, ignorou a idéia.
Preparou o café como de costume, aprontou-se, segurou a mão dos filhos para se sentir segura e levou-os á escola.
Ao sair da casa sentiu um tremor pelo corpo e escutou o eco dos risos dentro da casa que ficara para traz e podia jurar que depois de algum tempo eles se repetiam dentro de sí.

março 01, 2011

Como se esconde um amor que não virou lembrança?
Como camuflar para que se confunda com a pele?
E se somente fosse preciso driblar os pensamentos, seria tão cômodo...
Continuo a senti-la viva em mim, presa bem em baixo da minha pele, mas não é essa que amo, é aquela.
A que deixei ao subir um ônibus, e saltar nessa outra vida.
Como conservar a vida que levávamos?
Como não enlouquecer e confundir tudo.
Como esconder dessa vida a outra?

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algumas paredes ainda não cairam.